Tem uma frase na música Ultraviolence, da Lana Del Rey (que dizem ser uma frase dita pela Amy Winehouse): "ele me bateu e pareceu um beijo"... Uma relação abusiva se parece exatamente assim (até quando não há agressão física envolvida). Mas a ilusão não se sustenta.
relacionamentos tóxicos têm esse poder de minar a confiança e a autoestima de quem é vítima dele. resgatar essas pessoas exige paciência e cuidado, sobretudo porque nem sempre estamos preparados e entendemos como e onde dói.
Sim e eu penso muito nisso de “resgatar” sabe? Pq às vezes, não estamos prontos pra sair da bad e a interferência de outra pessoa, mesmo com a melhor das intenções, não ajuda em nada.
Nossa... as vezes sou pega, assim desprevenida, por textos que capturam exatamente as dores que carrego aqui dentro. Esse, definitivamente, me pegou. Resgatar a menina machucada que eu fui, que sou ainda em algum lugar e que insiste em tomar o volante da adulta que preciso ser, é um trabalho dolorido que recomeça todos os dias. Quando me deparo com a confissão de alguém que parece ter, a ser modo, colecionado as mesmas cicatrizes, sinto uma espécie de camaradagem. Eu também me sinto assim. Sim, dói bastante. Não, não somos os únicos. Seguimos em frente, adultos, a amparar nossas crianças. Obrigada por compartilhar! (falei um pouco sobre isso também na Jangada, minha estreia de newsletter essa semana <3).
Obrigada por comentar, Gabi. Me identifico muito com isso que você falou, sobre a menina machucada ainda insistir em tomar o volante da adulta. É muito difícil se recuperar de uma situação dessas (eu mesma me questiono se me recuperei totalmente), mas seguimos. ♥️
Que pancada! Em breve vai fazer um ano que a minha ex terminou comigo. Hoje, consigo enxergar a toxicidade do relacionamento e o ciclo de miséria que minha vida se tornou principalmente no final. Apesar de tudo, eu ainda tentei manter contato e ela me excluiu completamente da vida dela, o que só botou mais sal na ferida aberta. Esse ano eu voltei e me abrir um pouco mais pro mundo depois de um tempo machucada, mas não foi sem carregar cicatrizes profundas. Ainda tenho pesadelos com ela, tão reais que chegam a me acordar ofegante. Mas é isso, a gente vai tentando viver e nos acolher na medida do possível.
Isso que ela fez foi a última pá de cal de maldade porque o relacionamento abusivo, ao meu ver, nos deixa meio viciada na pessoa e acabamos por nos culpar pelo fim do relacionamento. Como se a culpa fosse nossa mesmo e não de quem nos machucou.
Uau!
Tem uma frase na música Ultraviolence, da Lana Del Rey (que dizem ser uma frase dita pela Amy Winehouse): "ele me bateu e pareceu um beijo"... Uma relação abusiva se parece exatamente assim (até quando não há agressão física envolvida). Mas a ilusão não se sustenta.
Esse seu texto tão importante!
relacionamentos tóxicos têm esse poder de minar a confiança e a autoestima de quem é vítima dele. resgatar essas pessoas exige paciência e cuidado, sobretudo porque nem sempre estamos preparados e entendemos como e onde dói.
Sim e eu penso muito nisso de “resgatar” sabe? Pq às vezes, não estamos prontos pra sair da bad e a interferência de outra pessoa, mesmo com a melhor das intenções, não ajuda em nada.
Nossa... as vezes sou pega, assim desprevenida, por textos que capturam exatamente as dores que carrego aqui dentro. Esse, definitivamente, me pegou. Resgatar a menina machucada que eu fui, que sou ainda em algum lugar e que insiste em tomar o volante da adulta que preciso ser, é um trabalho dolorido que recomeça todos os dias. Quando me deparo com a confissão de alguém que parece ter, a ser modo, colecionado as mesmas cicatrizes, sinto uma espécie de camaradagem. Eu também me sinto assim. Sim, dói bastante. Não, não somos os únicos. Seguimos em frente, adultos, a amparar nossas crianças. Obrigada por compartilhar! (falei um pouco sobre isso também na Jangada, minha estreia de newsletter essa semana <3).
Obrigada por comentar, Gabi. Me identifico muito com isso que você falou, sobre a menina machucada ainda insistir em tomar o volante da adulta. É muito difícil se recuperar de uma situação dessas (eu mesma me questiono se me recuperei totalmente), mas seguimos. ♥️
Que pancada! Em breve vai fazer um ano que a minha ex terminou comigo. Hoje, consigo enxergar a toxicidade do relacionamento e o ciclo de miséria que minha vida se tornou principalmente no final. Apesar de tudo, eu ainda tentei manter contato e ela me excluiu completamente da vida dela, o que só botou mais sal na ferida aberta. Esse ano eu voltei e me abrir um pouco mais pro mundo depois de um tempo machucada, mas não foi sem carregar cicatrizes profundas. Ainda tenho pesadelos com ela, tão reais que chegam a me acordar ofegante. Mas é isso, a gente vai tentando viver e nos acolher na medida do possível.
Isso que ela fez foi a última pá de cal de maldade porque o relacionamento abusivo, ao meu ver, nos deixa meio viciada na pessoa e acabamos por nos culpar pelo fim do relacionamento. Como se a culpa fosse nossa mesmo e não de quem nos machucou.