#12 Ano que parte, ano que chega

Um resumo (bem resumido) do meu ano, um desejo para 2024 e, claro, não poderia faltar: minhas leituras preferidas de 2023.

Oi, oi! Eu sou a Dia e essa é uma newsletter com intenção de blog. Me dedico mais às questões sobre escrita, literatura, saúde mental, mas vez ou outra você vai ler um desabafo bem pessoal também. ;)

Um resumo

No início de dezembro decidi fazer um detox das redes sociais. Estava exausta de tudo. Quase quatro semanas depois me sinto mais tranquila. Já estou de férias do trabalho que paga as contas e quero permanecer bem para poder trabalhar no meu romance em janeiro.

Pensei em alguns temas para a última newsletter do ano. Escrevi e apaguei várias vezes. É final de ano e, normalmente, a gente faz aquela revisão de tudo o que aconteceu e cria a lista de resoluções pro ano que vem. Eu ainda não fiz nenhuma das duas coisas, então, aproveito esse espaço pra compartilhar minhas primeiras reflexões com vocês.

2023 foi um bom ano, apesar de tudo. Profissionalmente, foi o meu melhor ano, tanto na Universidade (mesmo com o burnout de 2022) quanto na Literatura. Vendi dois livros, um de não ficção e meu primeiro romance para as Editoras Planeta e Companhia das Letras, respectivamente. O primeiro deve sair em abril, o segundo no início de 2025. Estou em um período bem criativo, escrevendo bastante e pensando já em outros projetos. Emocionalmente, foi um ano difícil, mas resolutivo. Fechei um ciclo de sete anos de análise e me adaptei a uma nova medicação que não tem muitos efeitos colaterais (além do ganho de peso, but nenhuma é perfeita). Tive episódios pontuais de disforia e despersonalização, mas consegui controlá-los. Estou aprendendo a descansar e decidi parar esse mês pra cuidar de mim e isso é uma grande vitória. O saldo, no final das contas, foi positivo.

Um desejo

Ilustração: Caio Vinícius Bonifácio

2024 será regido (na minha casa) por Exu, o Orixá da comunicação e por Xangô Ayrá, o Orixá da Justiça. Os ventos serão favoráveis para quem faz da arte de comunicar um ofício, mas é preciso ter cuidado com as palavras, pois o preço será cobrado bem rápido.

Eu só desejo, enquanto artista da palavra, que aprendamos a usar nossa voz da melhor maneira possível. Que a gentileza e a leveza sejam parte da nossa vida, não somente no ano que começa, mas de agora em diante.

Minhas leituras preferidas do ano

Não vou mentir pra vocês: não tive paciência para reunir todos os livros e fazer uma foto bonita (até porque muitos foram lidos em e-book) mas deixo aqui a imagem da autora que ganhou meu coração este ano e minha favorita atualmente (junto da Olga Tokarczuk).

Mariana Enriquez por Felix Busso

Sem mais delongas, meu top 10:

1. Nossa parte de noite, Mariana Enriquez, tradução de Elisa Meneses, Editora Intríseca.

2. O som do rugido da onça, Micheliny Verunschk, Companhia das Letras

3. Ninguém quis ver, Bruna Mitrano, Companhia das Letras (poesia)

4. Siamesas, María Belén Aguirre, Ediciones La máquina que hace PING! (poesia)

5. Casas Vazias, Brenda Navarro, tradução de Livia Deorsola, Dublinense

6. Temporada de huracanes, Fernanda Melchor, Random House

7. Solitária, Eliana Alves Cruz, Companhia das Letras

8. Erva brava, Pauliny Tort, Fósforo

9. O avesso da pele, Jeferson Tenório, Companhia das Letras

10. Querida Konbini, Sakaya Murata, Tradução de Rita Kohl, Estação Liberdade.

Outras prosas

• No final de novembro publiquei uma newsletter sobre a romantização da pobreza e foi a carta mais curtida, lida e compartilhada até agora: Muito obrigada! Se você não chegou a ler, olha aqui:

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Eu quero agradecer imensamente a quem me acompanha, quem lê e compartilha meus textos; quem me escreve dizendo estar ansioso pelos novos livros; quem avalia o que já puliquei na Amazon; enfim, quem está presente. (Acho que essa é mais uma resolução para 2024: dar mais valor a quem se faz presente.) A leitura de vocês é muito importante e em janeiro eu volto com mais. Fica por aqui, vai ser legal. ;)

Até breve!

Com afeto,

Dia Nobre